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Espécies Invasoras

Em Portugal continental, ao longo dos dois últimos séculos e especialmente nas últimas décadas, o número de espécies exóticas tem aumentado significativamente, ascendendo atualmente a cerca de 670 espécies.

Das espécies exóticas referidas para Portugal, várias são consideradas invasoras (em Portugal continental aproximadamente 8% das espécies exóticas têm comportamento invasor) constituindo uma séria ameaça para os ecossistemas.

Em 1999, a legislação portuguesa reconheceu a gravidade deste problema no Decreto-Lei nº 565/99, de 21 de dezembro, o qual regula a introdução na natureza de espécies não-indígenas (exóticas).

Neste diploma são listadas as espécies exóticas introduzidas em Portugal, assinalando-se entre essas as que são consideradas invasoras e proibindo-se a introdução de novas espécies (com algumas exceções). Este diploma proíbe ainda a detenção, a criação, o cultivo e a comercialização das espécies consideradas invasoras e de risco ecológico.

Mimosa (Acacia dealbata)

Origem:

- Sudoeste da Austrália, Tasmânia.

Motivos para introdução:

- Fins ornamentais;

- Cultivada no passado como espécie florestal;

- Fixação de solos.

Distribuição em Portugal:

- Todo o País.

Características que facilitam a invasão:

- Vigorosa rebentação de touça e raiz;

- Produtora prolífica de sementes cuja germinação é estimulada pelo fogo;

- Formação de povoamentos muito densos;

- Fixadora de Azoto.

Acácia Austrália - Acacia melanoxylon

Origem:

- Sudoeste da Austrália, Tasmânia.

Motivos para a introdução:

- Fins ornamentais;

- Cultivada no passado como espécie florestal;

- Fixação de solos.

Distribuição em Portugal:

- Todo o país.

Características que facilitam a invasão:

- Abundante produção de sementes de longa viabilidade no solo (superior a 50 anos);

- Vigorosa rebentação de touça e raiz;

- Fixadora de Azoto;

- Altera o balanço de nutrientes no solo.

Métodos de Controlo para a Acácia Austrália e para a Mimosa
Controlo Físico

Retirar ou danificar fisicamente os indivíduos, ou seja, as plantas enquanto jovens podem ser arrancadas mas é importante que não fiquem raízes no solo.

Em árvores adultas pode-se optar por realizar o descasque 70 a 100 cm até ao solo ou a extração de um anel de casca de 3 a 4 cm de espessura.

Nestas metodologias é importante que não permaneça nenhuma porção de casca na zona de descasque.

Controlo Químico

Pulverização com herbicida em plantas jovem ou rebentos com 15 a 30 cm de altura.

A pulverização deve ser realizada com equipamento de segurança e em dias sem vento.

O tratamento precisa de ser repetido cada vez que os rebentos atingirem a altura indicada.

Controlo Físico + químico

Cortar tão rente ao solo quanto possível e pincelar imediatamente a touça com herbicida ( impreterivelmente nos segundos que se seguem, pois quanto menor o tempo entre o corte e a aplicação do produto, maior é a eficácia do tratamento).

Controlo Biológico

Inimigos naturais, como por exemplo aves que se alimentem das sementes.

Estas espécies, sobretudo a Acacia dealbata (mimosa) rebentam vigorosamente de raiz e touça após o corte, o que torna as medidas de controle trabalhosas e dispendiosas.

É fundamental assegurar o controlo de seguimento após o controlo inicial, para remoção dos rebentos de touça e de raiz e eliminação das plântulas novas, por arranque ou pulverização com herbicida.

É fundamental que se respeite a informação dos rótulos dos produtos e os cuidados gerais da aplicação de químicos, nomeadamente a não aplicação em dias de precipitação nem dias de muito vento e a utilização de material de proteção.

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Espinheiro bravo (Hakea sericea)

Origem:

- Sul da Austrália.

Motivos para introdução:

- Para sebes de proteção.

Distribuição em Portugal:

- Minho, Douro e Beira Litoral, Estremadura, Ribatejo, Baixo Alentejo e Algarve.

Características que facilitam a invasão:

- Forma bosquetes densos e impenetráveis;

- Libertação das sementes após a morte da árvore e projeção para grandes distâncias.

Métodos de Controlo
Controlo físico

Arranque manual das plantas jovens, o qual em substratos mais compactados, deve ser realizado na época das chuvas de forma a facilitar a remoção do sistema radicular.

Corte das árvores deixando-as por 12 a 18 meses no local, até libertarem as sementes. De seguida queima-se a biomassa, matando então as sementes e as plântulas.

Controlo Químico

Aplica-se a plantas jovens ou a germinação elevada. Pulverização com herbicida adequado.

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Espanta lobos ou Árvore do paraíso (Ailanthus altissima)

Origem:

- China.

Motivos para introdução:

- Fins ornamentais, em espaços urbanos e margens de estradas.

Distribuição em Portugal:

- Todo o país.

Características que facilitam a invasão:

- Espécie pioneira de crescimento muito rápido (até 3cm/dia);

- Rebenta vigorosamente de raiz, produz uma elevada quantidade de sementes (cerca de 350 000/ano) as quais podem viajar (voar) grandes distâncias.

Métodos de Controlo
Controlo Físico

- Arranque das plantas enquanto jovens, com o solo húmido, sendo importante que não fiquem fragmentos de raízes no solo, pois se ficarem a probabilidade de rebentação é muito grande.

Controlo Químico

- Aplicação de herbicida diretamente no sistema vascular da planta através da realização de vários golpes, a cerca de 1,20 m de altura, num ângulo de 45° e injetar imediatamente (impreterivelmente nos segundos que se seguem) em cada incisão cerca de 1ml de herbicida adequado, com um esguicho.

  © 2009 Associação Florestal do Concelho de Góis.