Em 2007 a AFCGóis, como dinamizadora de actividades no sector florestal junto dos seus associados, sentiu necessidade em procurar dar resposta à eliminação de resíduos de exploração. Para o aproveitamento deste tipo de resíduos, o planeamento é essencial de modo a otimizar as operações e deste modo aumentar o rendimento económico. Isto só é possível com a existência de um planeamento global, numa posição de equilíbrio entre a oferta e a procura e articulando a exploração integrada da biomassa com toda a actividade florestal. Deste modo foi criada uma rede de parques de biomassa no Concelho de Góis, em parceria com o município e juntas de freguesia, os quais estão disponíveis para todos os madeireiros que trabalhem no Concelho e para proprietários individuais. O aproveitamento de biomassa para energia não pode ser portanto um trabalho isolado, mas sim complementar a outros trabalhos por forma a conseguir tirar proveito económico da mesma. Aquando do corte final de um povoamento, aconselhamos os proprietários a negociar com o madeireiro a remoção dos resíduos da exploração, feita com recurso às máquinas de rechega do material lenhoso, depois transportados para um dos nossos parques. Outra forma de aproveitar a biomassa é quando se realizam trabalhos de condução dos povoamentos, como por exemplo um desbaste, em que o material a retirar possui valor económico, a nossa equipa de Sapadores recolhe esse material e transporta-o para os parques da Associação. O mesmo sucede em pequenas propriedades infestadas essencialmente por acácias, que podem ser valorizadas para a Biomassa. Posteriormente procedemos ao estilhaçamento, já dentro dos parques, que é um método que possibilita a transformação dos ramos e bicadas, etc, em estilha, que quando efectuado em locais mais próximos da origem (floresta) diminui os custos de transporte para a fábrica. |